quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Nazaré desInforma

Texto publicado em 2 de Agosto no Região da Nazaré, da autoria de Manuel António Sequeira. [pdf]

Existem abordagens que o actual executivo inicia mas que insiste em não dar continuidade. Começou-se por abordar a problemática da transferência da feira semanal. Do arranque célere à inacção foi um passo. Notou-se inicialmente alguma resistência ao adiamento do tema para melhor análise. Passou-se, portanto, da resistência à falência. Neste momento não se vislumbra qualquer decisão antes da época balnear e prevemos que o tema caia no esquecimento, sem haver coragem política para se decidir o que quer que seja. Provavelmente matamos a presa pelo cansaço.
Começou-se por publicar um boletim municipal que rapidamente foi substituído pelo Nazaré Informa. A última vez que demos conta da saída daquela publicação coincidiu ‘miraculosamente’ com as eleições autárquicas de Outubro do ano passado. A abundância daquela tiragem pode ainda hoje ser comprovada nas gares do elevador, onde todos os dias os utentes são bombardeados com Nazaré Informa de Outubro de 2005.
O passeio que acompanha a vedação do porto de abrigo e que podia constituir a única ciclovia existente na Nazaré, encontra-se vedado à população dada a dimensão que atingiram as ervas daninhas. Registe-se que aquele acesso é a via pedonal ‘utilizada’ pelos utentes do parque da ETAR, às sexta-feiras, numa recomendação dos serviços autárquicos. A quem devemos pedir responsabilidades por tamanho desleixo?
O incumprimento do regulamento das cargas e descargas é, em si mesmo, um caso de polícia. A minha grande preocupação centra-se no facto de as viaturas pesadas danificarem os passeios da marginal. Aqui sim, entra já o domínio público. Nada há que faça parar este flagelo que todos os dias invade o ‘calçadão’ entre as Praças Manuel Arriaga e Sousa Oliveira? O estacionamento na marginal, junto à praia, é um privilégio só ao alcance de alguns. Não se pode acabar com o estacionamento na Avenida da República e para lá remeter as cargas e descargas?
A implantação dos recifes artificiais parece ser uma realidade, pelo menos a avaliar pelo trabalho exposto no Centro Cultural. A esse propósito quero endossar os parabéns aos responsável pela amostra “Viver o Mar”, nas pessoas de Joaquim José Estrelinha e de Carla Maurício. Trata-se de um trabalho meritório, sem sombra de dúvida. Espero que a implantação dos recifes venha fortalecer a qualidade de vida do pescador nazareno.
Os passeios ao longo da estrada que atravessa a Quinta Nova são hoje uma realidade. Tratou-se de uma luta perdida pelo saudoso vereador Artur Feliciano.
Um casal de idosos ofereceu um terreno à Junta de Famalicão para a construção da rotunda e a abertura de uma estrada de acesso ao Centro Social. Trata-se de Maria Elisa dos Santos e João Maria dos Santos a quem eu presto a minha homenagem e a quem a câmara devia atribuir um voto de louvor.

Manuel António Sequeira