Manuel Sequeira defende o fim das antenas de televisão na paisagem nazarena
Autarca quer o desaparecimento das antenas de televisão dos telhados das casas da área histórica da Nazaré
António Paulo
O deputado independente à Assembleia Municipal da Nazaré, Manuel António Sequeira, entregou ao presidente daquele órgão um requerimento no qual, com o objectivo de "melhorar o aspecto estético do centro histórico da vila", defende a retirada imediata das antenas de televisão que assolam nos telhados das habitações e que retiram todo o encanto a qualquer vista panorâmica". "Trata-se de uma medida constante em localidades com preocupações turísticas", sustenta o deputado eleito pelo BE - força política da qual se desvinculou recentemente -, acrescentando que "nessa conformidade, exigia-se que a reabilitação urbana do centro histórico previsse, naturalmente, a instalação de uma rede de televisão por cabo, sem prejuízos para os cofres dos moradores".
De acordo com o requerimento de Manuel António Sequeira "os financiamentos para estes projectos estão aí, é só abrir o baú da vontade política para que o desaparecimento daquelas monstruosidades seja uma realidade", exemplificando que "em casos idênticos ocorridos noutras regiões de Portugal, entram em casa dos moradores, com nítida melhoria de sinal, os quatro canais generalistas - RTP 1 e 2, SIC e TVI - sem qualquer custo acrescido".
O autarca esclarece no documento que "caso os moradores desejem subscrever outros canais fornecidos pela distribuidora de sinal de televisão apenas pagam a importância correspondente aos serviços adquiridos. No caso de não desejarem ter mais nenhum, para além dos que são captados em antenas hertzianas, os residentes não têm que pagar qualquer importância à distribuidora". "Trata-se, de um modelo adoptado por inúmeras edilidades interessadas em acabar de vez com a triste imagem fornecida pelo cemitério de antenas com nítidas repercussões no ambiente local", argumenta.
Com base nestes pressupostos constantes do requerimento, Manuel António Sequeira "delega na vontade política do chefe do executivo da Câmara as negociações com as distribuidoras de televisão por cabo a operar na área, no sentido de abrir caminho ao desaparecimento das inestéticas antenas de televisão e, ao mesmo tempo, poder partilhar com o turista a beleza de um património que é prejudicado por uma nefasta acção do homem".
