Auditoria às contas da Câmara!

Para que se saiba quanto se gastou mal gasto. Para saber o que se pagou a quem. Não há razão para uma dívida de 40 Milhões de Euros!

Orçamento Participativo - Toda a gente decide! Quanto maior a participação, menor a corrupção.

Uma ferramenta essencial para devolver a política à democracia e à transparência. Com orçamento participativo, é a população que escolhe!

Faz, Discute, Participa!

Colabora com a campanha do Bloco - sugere, questiona, propõe! Queremos a participação de toda a gente, queremos a Nazaré democrática e participativa!

Jorge Ribeiro - deputado na Assembleia Municipal da Nazaré

Valadense, professor de Ed. Física e grande dinamizador cultural na região. Do Jazz ao Basquetebol, Jorge Ribeiro tem criado hábitos culturais e desportivos colectivos partilhando o seu prazer por estas áreas. Para a Assembleia Municipal da Nazaré apresenta propostas construtivas e mobilizadoras!

Frederico Teixeira - deputado na Assembleia de Freguesia do Valado dos Frades

Fundador da Associação de Agricultores "Cinco Rios", que ao fim de um ano conta já com mais de 60 formandos e sócios que ultrapassam as fronteiras da Freguesia e do Concelho. Interveio na Assembleia Municipal da Nazaré no anterior mandato. É deputado da Freguesia dinâmico e próximo da população, inovador e atento às necessidades do Valado.

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Estação Boba


Nazarè
Imagem da autoria de Fringe_2.
Texto publicado em 24 de Agosto no Região de Cister, da autoria de Manuel António Sequeira [pdf]

O período que atravessamos, a que os ingleses deram pomposamente o nome de ‘silly season’, é na verdade um momento de grande marasmo político, dado que toda a gente está centrada na actividade que condiciona a vida económica local. Ninguém parece estar interessado em falar de política no período que medeia entre a senhora da Vitória e a senhora da Nazaré. O tempo é literalmente ocupado na vertente económica.

No entretanto, vão-se passando atrocidades que deixam a descoberto fragilidades que me recuso a referir para não prejudicar a estação boba que todos nós vivemos. Há que desfrutar do momento, na certeza de que, o balanço vai certamente ser feito.

Para a população em geral, Agosto é o pior de todos os meses do ano, apesar de a Nazaré viver um dos picos da sua economia. Em Agosto vêm à tona as insuficiências locais, fruto de um desenvolvimento mal calculado e que arrasta consigo as más gestões das últimas décadas.

A Nazaré deixou de poder ombrear com os destinos mais próximos e vê-se agora ultrapassada por São Martinho do Porto, só para referir a realidade mais próxima. A Nazaré tem fragilidades que não conhecem pai nem mãe. Ninguém é responsável pelo afastamento sucessivo do turismo que aliava massa humana com qualidade. Não se discute a quem se deve assacar a responsabilidade. A razão deste desprendimento é simples: Agora estamos na ‘silly season’ e amanhã já passou o ‘timing’. E tempo vai passando e os erros vão-se avolumando.

A verdade é que a Nazaré pode vir a ser preterida por outros destinos, já que ninguém aqui investe, nem por razões de ordem económica ou cultural nem por razões de ordem climatérica.

Na Nazaré proliferam ‘tabernas de luxo’ que se limitam à venda de carapaus e sardinhas: uma dose para quatro.

Pode argumentar-se que a conjuntura nacional não ajuda e que o dinheiro está caro. A realidade é válida para toda a gente e se os portugueses procuram o Algarve, então porque viraram costas à mais bela praia portuguesa? A resposta não se afigura fácil, mas uma boa sacudidela reporta as culpas para outras calendas, como se uma peneira tapasse o sol que todos nós recebemos.

A vinda de conterrâneos, que atropelam a nossa língua, esquecendo-se que ela é a nossa pátria, é algo que deve ser valorizado, dado que o perfil do nosso turista não foge muito dessa realidade. Devemos avançar para um turismo que faça coabitar ambas as realidades e faça coincidir turismo de massas com turismo de qualidade, porque a nossa hospitalidade sempre soube conviver simultaneamente com ambas, sem menosprezar nenhuma.

Terminada a estação ‘parva’ (silly) devemo-nos debruçar sobre a forma mais inteligente de dar a volta à vida económica local corrigindo os erros detectados. A culpa não pode morrer solteira, nem órfã de pai e mãe.

Manuel António Sequeira

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Nazaré desInforma

Texto publicado em 2 de Agosto no Região da Nazaré, da autoria de Manuel António Sequeira. [pdf]

Existem abordagens que o actual executivo inicia mas que insiste em não dar continuidade. Começou-se por abordar a problemática da transferência da feira semanal. Do arranque célere à inacção foi um passo. Notou-se inicialmente alguma resistência ao adiamento do tema para melhor análise. Passou-se, portanto, da resistência à falência. Neste momento não se vislumbra qualquer decisão antes da época balnear e prevemos que o tema caia no esquecimento, sem haver coragem política para se decidir o que quer que seja. Provavelmente matamos a presa pelo cansaço.
Começou-se por publicar um boletim municipal que rapidamente foi substituído pelo Nazaré Informa. A última vez que demos conta da saída daquela publicação coincidiu ‘miraculosamente’ com as eleições autárquicas de Outubro do ano passado. A abundância daquela tiragem pode ainda hoje ser comprovada nas gares do elevador, onde todos os dias os utentes são bombardeados com Nazaré Informa de Outubro de 2005.
O passeio que acompanha a vedação do porto de abrigo e que podia constituir a única ciclovia existente na Nazaré, encontra-se vedado à população dada a dimensão que atingiram as ervas daninhas. Registe-se que aquele acesso é a via pedonal ‘utilizada’ pelos utentes do parque da ETAR, às sexta-feiras, numa recomendação dos serviços autárquicos. A quem devemos pedir responsabilidades por tamanho desleixo?
O incumprimento do regulamento das cargas e descargas é, em si mesmo, um caso de polícia. A minha grande preocupação centra-se no facto de as viaturas pesadas danificarem os passeios da marginal. Aqui sim, entra já o domínio público. Nada há que faça parar este flagelo que todos os dias invade o ‘calçadão’ entre as Praças Manuel Arriaga e Sousa Oliveira? O estacionamento na marginal, junto à praia, é um privilégio só ao alcance de alguns. Não se pode acabar com o estacionamento na Avenida da República e para lá remeter as cargas e descargas?
A implantação dos recifes artificiais parece ser uma realidade, pelo menos a avaliar pelo trabalho exposto no Centro Cultural. A esse propósito quero endossar os parabéns aos responsável pela amostra “Viver o Mar”, nas pessoas de Joaquim José Estrelinha e de Carla Maurício. Trata-se de um trabalho meritório, sem sombra de dúvida. Espero que a implantação dos recifes venha fortalecer a qualidade de vida do pescador nazareno.
Os passeios ao longo da estrada que atravessa a Quinta Nova são hoje uma realidade. Tratou-se de uma luta perdida pelo saudoso vereador Artur Feliciano.
Um casal de idosos ofereceu um terreno à Junta de Famalicão para a construção da rotunda e a abertura de uma estrada de acesso ao Centro Social. Trata-se de Maria Elisa dos Santos e João Maria dos Santos a quem eu presto a minha homenagem e a quem a câmara devia atribuir um voto de louvor.

Manuel António Sequeira